DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS-2


domingo, 23 de agosto de 2009

 
As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.
Se os estudos de Metafísica do Grego Aristóteles até hoje não têm um significado adequado quanto à simples origem da palavra “Metafísica”, que se dirá então de um livro inteiro, fracionado em dois períodos, como a bíblia?


DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

 

Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem, porém, partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região de Jericó. Durante nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da bíblia hebraica que se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos 800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo.
Estes documentos tiveram grande impacto na visão da bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos[1] aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamadoCodex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas. Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.


[1] [Do hebr. massorat, 'tradição'.]
1- O conjunto dos comentários críticos e gramaticais acerca da Bíblia (sobretudo o Velho Testamento) feitos por doutores judeus. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI Eletrônico. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Montanhas do Qumran 
Outro tipo de apócrifos são os que propunham doutrinas heréticas. Os padres os citam para rebatê-los e, com freqüência, os designam pelo nome do herege que tinha escrito como o de Marcião, Basílides ou Valentim, ou pelos destinatários aos quais iam dirigidos, como o dos Hebreus ou o dos Egípcios. Outras vezes os próprios padres acusam esses hereges de pôr suas doutrinas sob o nome de algum apóstolo, preferentemente São Tiago ou Tomé. As informações se confirmaram com a aparição de umas quarenta obras gnósticas em Nag Hammadi (Egito) em 1945. Normalmente apresentam revelações secretas de Jesus, que carecem de qualquer garantia. Costumam imaginar Deus Criador como um deus inferior e perverso (o Demiurgo) e a aquisição da salvação por parte do homem a partir do conhecimento de sua procedência divina.

O CONTEÚDO DOS APÓCRIFOS-2

sábado, 1 de agosto de 2009

 
 Outros apócrifos mais recentes recolhem a mesma história, como o "Pseudo Mateus", que conta que o seu cajado floresceu milagrosamente. Também se detém o Protoevangelho em descrever o nascimento de Jesus quando José ia com Maria até Belém. Narra que o santo patriarca buscou uma parteira, que pôde comprovar a virgindade de Maria no parto.
Em uma linha parecida, outros apócrifos, como "o Nascimento de Maria", se detêm em narrar o nascimento da Virgem, quando Joaquim e Ana já eram anciãos. A infância de Jesus e os milagres que fazia quando criança são narrados pelo "Pseudo Tomás", e a morte de José é o tema principal da "História de José, o Carpinteiro". Nos apócrifos árabes da infância, já mais recentes, se fixa a atenção nos Reis Magos, dos quais num apócrifo etíope se incluem inclusive os nomes pelos quais se tornaram populares.
Um motivo muito presente em outros apócrifos, como o chamado "Livro do Repouso" ou o "Pseudo Melitão", foi a morte e a Assunção da Santíssima Virgem, narrando que morreu rodeada pelos apóstolos e que o Senhor transportou o seu corpo em um carro celeste. Todas essas lendas piedosas circularam com profusão na Idade Média e serviram de inspiração a muitos artistas.